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MTV na Rua: outras 24 páginas gratuitas

Novo jornal com quatro editorias: Geral, Almanaque, Arena e Combo

MTV na Rua: tablóide teve 24 páginas na estreia, praticamente sete de publicidade. Uma página de publicidade era da própria MTV e outra deixava espaço para coluna de texto em L. Títulos mais ousados, diagramação parecida com jornais esportivos e pegada mais jovem nos textos são apostas para concorrer com Destak e Metro.

Esqueci algum jornal de distribuição gratuita aqui em São Paulo? Não valem as dezenas produzidas por imobiliárias para driblar a legislação e apresentar lançamentos de prédios. A chegada do tablóide MTV na Rua só mostra que sempre cabe mais um, principalmente em uma cidade que baniu quase toda mídia exterior com a Lei Cidade Limpa. Seria injusto dizer que essa publicação é filha do Kassab?

Acréscimo: Na terça-feira, o periódico foi às ruas com 16 páginas.  Foram 4 páginas inteiras de anúncios (NET, Nivea, Guaraná Antartica e O Boticário). A manchete foi  o novo assalto ao Cidade Jardim e fotona para amistoso da seleção.

As capas de Veja

Veja bem…

Inspiração, falta de inspiração ou apenas falta grave?

Essência do jornalismo na web

Crédito: http://www.malvados.com.br (clique aqui para ver a imagem original)

Associação dá dicas sobre como noticiar suicídios

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) criou um livreto: “Comportamento Suicida: Conhecer para Prevenir” que pode ajudar profissionais de imprensa sobre como tratar o tema. Vale muito a leitura e indico para estudantes de jornalismo e profissionais que já atuam no setor. O assunto é sério: segundo dados de 2006, foram 24 mortes por dia provocadas por suicidas no Brasil.

Para baixar o livreto, acesse o link abaixo:
http://www.abpbrasil.org.br/sala_imprensa/manual/img/CartilhaSuicidio_2009_light.pdf

Neste outro link, abaixo, você poderá encontrar informações sobre doenças mentais e a psiquiatria:
http://www.abpbrasil.org.br/sala_imprensa/manual/img/Cartilha_ABP_2009_light.pdf

‘Gol na ponta dos dedos’

Durante o campeonato mineiro individual de futebol de mesa, jogador veste a camisa do Tupi. Alguém sabe onde posso comprar uma camisa do Carijó? Avis rara.

Durante o campeonato mineiro individual de futebol de mesa, jogador veste a camisa do Tupi. Alguém sabe onde posso comprar uma camisa do Carijó? Avis rara.

O título acima é da matéria sobre a prática do futebol de botão no Brasil publicada na revista Roxos e Doentes, número 2, lançada no dia da inauguração do Museu do Futebol. O site da revista é o mesmo da empresa que a mantém ROXOS & DOENTES.

Seja em uma feira de antiguidades no Rio de Janeiro, em uma universidade de São Paulo ou em um distante país do Leste Europeu, o futebol de botão é uma atividade que reúne fanáticos capazes de defendê-la com unhas e dentes. Não há um registro histórico oficial, mas acredita-se que o esporte tenha sido inventado no Brasil, onde campeonatos bastante disputados são travados em pelo menos 17 estados.

É de Minas Gerais um dos viciados no esporte que já acumula dois títulos oficiais apenas neste ano. O advogado Leonardo Stumpf, de 34 anos, levou o troféu de campeão brasileiro da modalidade 3 toques com a equipe do Tupi de Juiz de Fora e, na mesma modalidade, o de campeão mineiro (veja diferença entre as regras no quadro). Somando os dois títulos, marcou 69 gols. Poucos comemorados com barulho e euforia.

A revista é vendida nas lojas por R$ 6,90, ainda não tem versão online. Por uma questão de direito autoral, deixo abaixo apenas a citação acima e outras fotos abaixo. A matéria completa tem quatro páginas e muitas outras histórias de fanáticos por botão.

Nem Justiça Militar apaga da web vídeo de PM que fez Dança da Periquita

A notícia do policial milital de São Paulo que rebolou fardado ao som de um forró de duplo sentido foi das mais lidas na web na quarta-feira (3). Óbvia ridicularização de uma instituição fundamental para nossa sociedade. Por isso, todos os sites e jornais deram.

A maioria colocou o vídeo disponível no You Tube para rodar dentro da própria página da notícia. Assim fizeram Estadão, Terra e outros. A notícia saiu no Agora, versão impressa, com três fotos no topo da página. Houve um outro site líder em audiência que deu a nota acompanhada de uma reprodução da página do You Tube, sem link, no lugar da foto tradicional das matérias. Mais tarde, tirou o frame. E, no fim do dia, terminou por despublicar a matéria ou teve um erro fatal fez o link quebrar definitivamente.

Nas matérias que ainda permanecem disponíveis para leitura, como do jornal Folha de S. Paulo, pode-se ver que a corporação foi amplamente ouvida. Isso foi regra em todas as matérias. A PM informava que tomou medidas administrativas e estudava uma forma de obrigar a retirada de todos os vídeos do You Tube (Faça sua cópia antes que acabe).

“Fontes ouvidas pelo Papel Eletrônico” informam que as tais medidas legais já foram tomadas, inclusive com intenção de parar a repercussão da notícia dentro das redações. Entretanto, o fato é simples para quem entende o mínimo de internet: nem Justiça Militar apaga vídeo de PM que fez Dança da Periquita.

Os motivos são os mesmos que fizeram do vídeo de Daniela Cicarelli transando na praia permanecer no ar até hoje (quer ver? uma busca simples achei nesse link, mas seriam muitos outros). E a apresentadora bem que processou um monte de sites por issso.

Sendo assim, a única forma de apagar a humilhação é voltar no tempo. Como isso não é possível, resta evitar humilhações futuras formando melhor seus integrantes. Para além disso, só cabe aos jornais redobrar a atenção para a atuação dos agentes públicos que dançam no horário de serviço. Enquanto o PM rebolava dentro da base, alguém poderia ser assaltado do lado de fora e ele só poderia dizer que estava curtindo seu ócio criativo pago com nosso dinheiro.

Histórico de notícias na web

O “The Guardian” dá caminhos para os produtores de web. Eles têm uma forma interessante de mostrar o histórico do artigo: basta clicar para uma janela abrir na própria página com data de publicação e afins. Na web tupiniquim, é comum ver sites acrescentaram no corpo do texto a informação de que a matéria foi alterada em determinado horário para o acréscimo de notícias ou simplesmente uma inclusão de horário em que a matéria foi atualizada.

Particularmente, tendo a acreditar que o leitor não busca essas informações de bastidores. O recurso que faz o histórico da notícia aparecer ao ser clicado me parece um recurso útil. Afinal, só interessa aos próprios jornalistas essa competição por segundos na data da publicação, por não mostrar que a notícia que está no ar foi alterada ou não dar pistas sobre correções que foram feitas no texto.

Quando o assunto é navegação, arquitetura da informação e design, nem sempre esconder é deixar de ser transparente.

‘G1 chega na frente’

do Meio & Mensagem

Segundo dados do Ibope/NetRatings, o portal de notícias tem 3,5 milhão de visitantes únicos por mês
11/08/2008 – 12:33

O Ibope/NetRatings acaba de concluir os números da audiência do primeiro semestre dos sites de notícias. Com quase 3,5 milhões de visitantes únicos por mês, a liderança é do G1, portal da TV Globo hospedado na Globo.com, seguido pelo Folha Online, hospedado no UOL, com 3,437 milhões de visitantes. Na seqüência, completando as dez maiores audiências, aparecem Terra, com 2,564 milhões; UOL, com 2,199 milhões; Globo Online, 1,993 milhão; Último Segundo (iG), 1,443 milhão; MSN Notícias, 912 mil; Notícias Yahoo, 777 mil; Google News, 770 mil; e O Estado de S. Paulo, com 736 mil.

O apocalipse do jornalismo em 2021

Cheguei surfando ao site do livro Nosotros, el medio. O trabalho mostra como a audiência define o futuro do jornalismo. No prefácio, os autores apontam que futurólogos já dataram o começo da nossa “época de ouro” do jornalismo. Acreditam que, em 2021, mais da metade das notícias serão produzidas colaborativamente. Faltou tempo para ler as 70 páginas do trabalho, que creio vai bem além do achismo do conceito acima. Entretanto, se a análise das transformações do universo jornalístico mantiver esse viés, deixo algumas perguntas para a leitura do trabalho:

1 – Como conciliar aumento da participação dos leitores nos media comerciais com qualidade editorial?
2 – Nos grandes veículos, jornalismo colaborativo ficará restrito, no futuro, aos furos e imagens de flagrantes? Enfim, os leitores substituirão apenas algumas tarefas de repórteres e fotógrafos das editorias de cotidiano e cidades?
3 – Quais estratégias, além da pura e simples incorporação, os media adotarão para minar a influência de eventuais canais de jornalismo colaborativo independente? Será essa a intenção?
4 – Como anda a credibilidade dos weblogs e outros meios que não têm selo de grandes veículos? Se os media já embarcam em falsas quedas de avião, isso não pode acometer com mais freqüência os “jornalistas cidadãos”?
5 – Jornalismo colaborativo nos grandes veículos: Quais os critérios para filtrar as notícias? Um dia haverá remuneração? Há projetos que retribuem minimamente o leitor pelo envio de uma foto, como faz o Estadão quando as publica em versão impressa.
6 – O convite para a participação do leitor não derruba o poder do media, já que ele admite não ser o dono da história?

O apocalipse do jornalismo como o conhecemos não deve estar assim tão perto. Por um lado, ele já começou faz tempo, vai durar ainda muito mais e, no fim das contas, é difícil prever como será o outro lado. Tenho minhas dúvidas se haverá, como diz o autor, o começo de uma época de ouro do jornalismo. Na minha opinião, está mais fácil celebrarmos o advento da época de ouro da comunicação multifacetada, das informações cotidianas em acessórios móveis e do entretenimento digital. O jornalismo? Vamos estudar, mas por enquanto, arrisco que ele seguirá mais desprestigiado do que antes e terá mesmo que se reinventar.

Festa para encerrar uma cobertura

É comum. Os jornalistas se encontram durante muitos dias consecutivos, se cansam juntos e decidem por fim tomar uma cerveja quando o trabalho terminar. Foi assim no desabamento do Metrô, em 2007, e outras grandes coberturas. Na semana passada, na Rua da Glória, os jornalistas se reuniram para dizer adeus à pior fase do caso Isabella. Alguém escolheu dar o nome de “festa do pára pai”. Não dá, sinceramente, não dá… Falta neurônio e um mínimo de senso. Não fui e não iria, ainda mais em festa organizada em karaokê.